Fotos de Ana Carolina
Nesse mês de abril, os alunos da Criativa Idade participaram de uma aula de educação física diferente. A atividade foi desenvolvida pelo professor Danilo Mesquita com o objetivo de sensibilizar e construir um conhecimento comum acerca da importância inclusão. Para isso, os alunos vivenciaram na prática os desafios de um portador de deficiência durante uma sessão de Jogos Cooperativos.
Nesse mês de abril, os alunos da Criativa Idade participaram de uma aula de educação física diferente. A atividade foi desenvolvida pelo professor Danilo Mesquita com o objetivo de sensibilizar e construir um conhecimento comum acerca da importância inclusão. Para isso, os alunos vivenciaram na prática os desafios de um portador de deficiência durante uma sessão de Jogos Cooperativos.
A proposta é realizada na escola desde 2003, e teve início a partir dos ciclos de discussão promovidos pela Criativa Idade e seus docentes sobre pós-modernidade, consumismo exacerbado e individualismo (veja como foi o último desses encontros, em março, com Maria Cristina Barbosa).
“Como interagir com o outro, além das redes sociais? Como sentir, observar e se sensibilizar com as diferenças?”, foram algumas das questões levantadas pelo prof. Danilo no projeto pedagógico da atividade, que busca ir além da reflexão e investe na educação física como meio para encontrar respostas a estes questionamentos.
“A Criativa Idade é uma escola inclusiva, além das rodas de conversa sobre estes temas provocadores, sentimos a necessidade de praticar estas pequenas diferenças. Colocar-se no lugar do outro é aprender a respeitar. Vivenciar limitações é conhecer caminhos alternativos para uma relação mais humanizada entre todos. Juntos aprendemos a construir um mundo melhor”, completa o professor.
Os jogos tiveram várias modalidades que desafiavam os jogadores a participarem de uma maneira inesperada. A aluna Flavia Vilela conta como foi essa experiência. “Na última aula, os alunos foram divididos em três grupos. Um deles foi jogar vôlei, porém, esses jogos sofreram modificações. No basquete, os jogadores só podiam utilizar uma mão. Se você é destro, joga com a mão esquerda. No pingue-pongue, os jogadores sentavam em um banco, e não podiam levantar. Isso serve para representar um jogo entre cadeirantes (temos um colega cadeirante). O mesmo aconteceu no vôlei. Os jogadores permaneciam sentados. Depois de um determinado tempo, os grupos revesavam os jogos”.
Pingue-pongue para cadeirantes |
Pingue-pongue para cadeirantes |
Basquete com a mão oposta a que se escreve |
Basquete com a mão oposta a que se escreve |
Além do desafio, a diversão. É preciso aprender de maneira prazerosa, mesmo que o tema tenha uma seriedade relevante como neste caso. “Passei a aula inteira no jogo de vôlei, e achei bem legal. Na minha opinião foi até mais fácil que um jogo de vôlei “normal”. O espaço do campo foi reduzido, deixando os jogadores mais próximos uns dos outros”, conta Flávia.
Beatriz Avellar também participou desta atividade e conta suas diferentes experiências entre as modalidades. “O grupo foi dividido em 3 etapas. A primeira jogou ‘basquete com a mão oposta a que se escreve’, e canhoto se tornou destro e vice-versa. Gostei da experiência, mas preferi o ‘vôlei sentado’, que foi muito divertido e ao mesmo tempo complicado. Jogar vôlei sentado num banco é quase impossível. A terceira etapa foi um jogo de ‘pingue-pongue para cadeirantes’. Achei que seria complicado, mas acabou sendo mais fácil do que eu imaginava. Venci 4 vezes seguidas e considerei mais fácil do que jogar em pé”, conta a aluna, que finaliza: “Adorei as experiências”.
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