A Escola Criativa Idade localiza-se em Poços de Caldas no sul de Minas Gerais. Destaca-se na cidade por seu projeto único de educação fundamentado no pensamento construtivista. Desafia e instiga a criança a construir seu conhecimento. A escola não só ensina os conteúdos básicos de educação infantil e ensino fundamental como também insere os alunos em uma ação social que já lhe conferiu, pela quarta vez, o título de ESCOLA SOLIDÁRIA pelo Instituto Faça Parte/ MEC/ UNICEF.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Com a presença de Luis Nassif, fórum discute economia solidária em Poços

Texto riginalmente publicado em 28/10/2013 no site do Corrente Cultural.
Por Mídia Corrente Cultural


Foto: Criativa Idade.
No último sábado (26), aconteceu o Fórum de Economia Solidária, reunindo especialistas no assunto que estreitaram o diálogo com o público sobre como esse modelo econômico pode ser e é praticado em nosso país. O evento, promovido pela escola Criativa Idade, contou com a presença de diversos interessados na área. Na Casa da Cultura (Instituto Moreira Salles), o Fórum de Economia Solidária da Criativa Idade contou com a presença do jornalista e economista Luis Nassif, com representantes do Grupo de Estudos da Micro Regional de Economia Solidária (Gesol), alunos da escola Criativa Idade, representantes do poder público, pessoas ligadas as universidades de Poços, além de outros interessados.  

O tema do fórum foi “Economia Solidária e Suas Alternativas: onde e como se aplicam? Quem faz economia solidária? Quais são os objetivos dessa vivência?”. O jornalista Luis Nassif, que é poços-caldense e mostrou entender o contexto histórico em que a cidade está inserida, dissertou sobre a importância da economia solidária e de como isso pode ser trazido para realidade de Poços.

Nassif enfatizou o novo momento que vive a sociedade, principalmente no que diz questão ao empoderamento das pessoas através da internet e de políticas sociais, o que afeta diretamente a forma que os governantes devem conduzir suas ações. O jornalista citou como exemplo a Casa Fora do Eixo, modelo dessa nova forma de organização com conceitos ligados a economia solidária, criando uma nova forma de valorização de trabalho que não a do capitalismo tradicional.   

“Quando se fala em construção social e economia solidária é algo que envolve um conjunto de partes relevantes, esse conjunto de partes só consegue se envolver se conhecer. Então esse fórum foi uma excelente oportunidade de ver o pessoal que está na linha de frente tentando sensibilizar as pessoas sobre economia solidária, o pessoal das universidades que pode trazer a metodologia para dar consistência e a parte de política que é você estabelecer políticas públicas aqui para entrar em contato com Brasília, Belo Horizonte, grandes empresas e ter as formas de financiamento. Pelo que eu vi aqui, pelo conjunto de possibilidades aqui de Poços, a cidade já tem todas as peças para sair jogando de uma forma muito mais completa e o principal é já ter essa base que empunhou a bandeira da economia solidária”, explica Nassif, que ressalta que a política econômica é formada a partir de um conjunto de pressões que vêm da sociedade.

“Sem a economia solidária os fracos não têm voz, então o fato de você ter grupos organizados permite participar com muito mais eficiência do jogo democrático. Política e economia não têm separação, qualquer política econômica que ignore a realidade social está condenada ao fracasso e a realidade social tem que ser pautada por algumas ligações e restrições fiscais, mas o mais importante é a parte social, a construção social efetivamente”, conclui Nassif.





Gesol e a prática da economia solidária em Poços
Os representantes do Grupo de estudos da Micro Regional de Economia Solidária (Gesol) tiveram um papel importante no fórum, contextualizando a discussão ao que está acontecendo de ações efetivas no que diz respeito a economia solidária em nossa região.

Sarah Helena de Souza Silva é membro do Gesol e destaca que o grupo trabalha com a demanda da economia solidária para o fortalecimento da mesma na região. “Acredito que esse fórum foi importante no sentido de agregar mais pessoas, atraindo o público universitário, os professores, o poder público e gestores públicos, trazendo essas pessoas mais para perto da discussão da economia solidária aqui em Poços, além de agregá-los nas ações”, diz Sarah, que conta um pouco das ações que já vêm acontecendo na cidade.

“Há mais ou menos um ano nós estamos tentando rearticular o movimento aqui em Poços. Em julho realizamos uma feira independente de economia solidária onde conseguimos atrair tanto a população da cidade quanto os empreendimentos que passaram a se apropriar melhor da questão de formação, que deve andar junto com o comércio e com a articulação política e cultural. Foi um espaço muito bacana, com a participação do Coletivo Corrente Cultural, onde conseguimos criar um espaço bem democrático para todas as manifestações possíveis, além da econômica. Atualmente, um dos nossos objetivos é conquistar uma sede fixa, tanto para a venda de produtos da economia solidária, como um ponto fixo para as reuniões, encontros e debates. Outro objetivo é a divulgação maior para a população em geral, isso tem acontecido através da universidade, a Puc tem nos chamado para ir lá falar sobre o tema, os alunos têm se interessado, eles têm mostrado interesse de desenvolver trabalhos científicos nessa área. Há creches na cidade fazendo trocas solidárias no dia das crianças, a própria Criativa Idade, que é uma escola particular, tem desenvolvido ações nessa área, então eu acredito que nós temos avançado muito”, relata Sarah.        

O que é Economia Solidária?
Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.

A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. Nesse sentido, compreende-se por economia solidária o conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão.

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