A Escola Criativa Idade localiza-se em Poços de Caldas no sul de Minas Gerais. Destaca-se na cidade por seu projeto único de educação fundamentado no pensamento construtivista. Desafia e instiga a criança a construir seu conhecimento. A escola não só ensina os conteúdos básicos de educação infantil e ensino fundamental como também insere os alunos em uma ação social que já lhe conferiu, pela quarta vez, o título de ESCOLA SOLIDÁRIA pelo Instituto Faça Parte/ MEC/ UNICEF.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Festival de Cultura valoriza a arte popular da escola para a sociedade

Por Rose Lino
Saias rodadas e instrumentos de percusão são característicos do Maracatu
 O grupo formado na universidade que leva o projeto às comunidades da região
    Após longo período de estudo sobre as manifestações culturais, com caiapós, congada, festa junina, cancioneiro popular, cordel, rimas, a Escola Criativa Idade recebeu o Grupo de Maracatu Muiraquitã. O grupo é formado por alunos da UNIFAL, de Alfenas e a interação abriu as comemorações do Festival de Cultura realizado pela escola todos os anos.
    O grupo realizou uma oficina durante todo o dia para diversos convidados que queriam aprender mais sobre a dança e a música utilizadas nesta manifestação popular que se originou em Pernambuco e já criou raízes em Minas pelas mãos do professor Thales Trez. Thales é professor de biologia da Unifal e iniciou em 2004 as oficinas como um projeto de extensão universitário. A partir da experiência em alguns grupos de Florianópolis, onde morava, o professor e o grupo desenvolvem as atividades junto a comunidades carentes.
Em Poços o intuito é o de formar um novo grupo e por meio da parceria com a escola também incentivar as crianças a conhecerem melhor a cultura do Maracatu. Instrumentos como o alfaia, parecido com tambor, caixas de guerra e abe, feito com as cabaça dão o ritmo e as saias rodam em movimentos soltos. Segundo o professor, coordenador do grupo, existe uma raiz histórica que liga as manifestações populares. “A identidade cultural vem das congadas, dos negros e aparece nas festas religiosas e similares que sempre atraem muita gente. Queremos mostrar o quanto a arte do povo precisa ser valorizada”, comentou ele.
    Muiraquitã significa pedra de sorte, palavra ligada à cultura amazonense. Dada à mistura cultural brasileira que torna mais ricas as manifestações artísticas, o encontro faz parte da programação do Festival de Cultura da escola que tem ainda para os alunos brincadeiras como amarelinha, bete casinha, cinco marias, travalínguas, quadrinhas. O lanche é especial, tem bolo de fubá, milho cozido e pão de queijo. Um dos projetos mais importantes no período é o que estimula a pesquisa da formação da cultura brasileira e as influências dos índios, portugueses, africanos e imigrantes italianos. Até mesmo os avós participaram do Festival trazendo as brincadeiras antigas e se divertindo com os netos na escola.
    “É por meio da Cultura que os jovens aprendem o discernimento entre as tecnologias e o saber fazer sem distâncias e com equilíbrio entre as possibilidades”, comentou a professora Tetê Nassif Mesquita, uma das coordenadoras do projeto.
    A proposta pedagógica vai além do ambiente escolar. “Os estudantes, os pais, a equipe de trabalho, desde as merendeiras até os professores ficam envolvidos neste projeto e trabalhar com projetos leva por meio destas pessoas, nova ideias para a sociedade para uma influência positiva na vida das pessoas”, disse a diretora da instituição, Teresa Mesquita. Em diversos dos projetos desenvolvidos educadores, artistas e professores de outras escolas e instituições são convidados a participar e integrar novos conceitos em educação.

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