![]() |
Saias rodadas e instrumentos de percusão são característicos do Maracatu |
![]() |
O grupo formado na universidade que leva o projeto às comunidades da região |
Após
longo período de estudo sobre as manifestações culturais, com caiapós,
congada, festa junina, cancioneiro popular, cordel, rimas, a Escola
Criativa Idade recebeu o Grupo de Maracatu Muiraquitã. O grupo é
formado por alunos da UNIFAL, de Alfenas e a interação abriu as
comemorações do Festival de Cultura realizado pela escola todos os anos.
O grupo realizou uma oficina durante todo o dia para diversos
convidados que queriam aprender mais sobre a dança e a música utilizadas
nesta manifestação popular que se originou em Pernambuco e já criou
raízes em Minas pelas mãos do professor Thales Trez. Thales é professor
de biologia da Unifal e iniciou em 2004 as oficinas como um projeto de
extensão universitário. A partir da experiência em alguns grupos de
Florianópolis, onde morava, o professor e o grupo desenvolvem as
atividades junto a comunidades carentes.
Em Poços o intuito é o
de formar um novo grupo e por meio da parceria com a escola também
incentivar as crianças a conhecerem melhor a cultura do Maracatu.
Instrumentos como o alfaia, parecido com tambor, caixas de guerra e abe,
feito com as cabaça dão o ritmo e as saias rodam em movimentos soltos.
Segundo o professor, coordenador do grupo, existe uma raiz histórica que
liga as manifestações populares. “A identidade cultural vem das
congadas, dos negros e aparece nas festas religiosas e similares que
sempre atraem muita gente. Queremos mostrar o quanto a arte do povo
precisa ser valorizada”, comentou ele.
Muiraquitã significa pedra
de sorte, palavra ligada à cultura amazonense. Dada à mistura cultural
brasileira que torna mais ricas as manifestações artísticas, o encontro
faz parte da programação do Festival de Cultura da escola que tem ainda
para os alunos brincadeiras como amarelinha, bete casinha, cinco marias,
travalínguas, quadrinhas. O lanche é especial, tem bolo de fubá, milho
cozido e pão de queijo. Um dos projetos mais importantes no período é o
que estimula a pesquisa da formação da cultura brasileira e as
influências dos índios, portugueses, africanos e imigrantes italianos.
Até mesmo os avós participaram do Festival trazendo as brincadeiras
antigas e se divertindo com os netos na escola.
“É por meio da
Cultura que os jovens aprendem o discernimento entre as tecnologias e o
saber fazer sem distâncias e com equilíbrio entre as possibilidades”, comentou a professora Tetê Nassif Mesquita, uma das coordenadoras do projeto.
A
proposta pedagógica vai além do ambiente escolar. “Os estudantes, os
pais, a equipe de trabalho, desde as merendeiras até os professores
ficam envolvidos neste projeto e trabalhar com projetos leva por meio
destas pessoas, nova ideias para a sociedade para uma influência
positiva na vida das pessoas”, disse a diretora da instituição, Teresa
Mesquita. Em diversos dos projetos desenvolvidos educadores, artistas e
professores de outras escolas e instituições são convidados a participar
e integrar novos conceitos em educação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário