Política: uma democracia de ideias

Charge: Iotti

Em tempos que a violência social e política volta e meia escancara-se entre eleitores e agentes políticos, o papel da escola é o de dar voz e protagonismo à juventude. Na Criativa Idade esse é um assunto permanente discutido em aulas e projetos, a fim de dar mais solidariedade a qualquer discurso individual ou coletivo, dando a esse um aspecto mais amoroso sem perder toda sua verdade ou razão.

Pensando nisso, vimos publicar no blog dois posicionamentos de alunas da escola no período pós-eleição, mas que são atemporais e válidos para outras tantas eleições e seus meio tempos.

~por Beatriz Cripa

Não tenho vergonha de forma alguma de ser brasileira. Nunca vou ter. Não é porque candidato A ou B ganhou. Quem faz a democracia e faz o andamento do país são as pessoas.

Agora o que realmente me assusta são as ofensas que ando vendo. Será que eu quero um país assim? Um país que tem o preconceito instaurado e velado? Onde as ofensas rolam soltas, onde sua opinião é julgada?

Não. Mas não é sentada aqui que vou mudar o mundo. É expondo minha opinião, é lutando pelo que acredito, lutando por um país para TODOS. Assim um sonho meu poderá se tornar realidade, de ter um país, na verdade, um mundo igualitário e não-preconceituoso.

Agora se você aí ofende o candidato que você não votou, que o ridiculariza e desmerece quem votou neste, desculpa, mas nunca conseguirá alcançar seus ideais. Se todos que quiséssemos fossem eleitos, não viveríamos em uma democracia e sim em uma ditadura. 

Podem me chamar de sonhadora, mas acredito em um mundo melhor e só me manifestando e sendo ativa na sociedade vou conseguir :) 

~por Maria Gatto Rossi

O que mais choca é a repercussão que tem uma eleição. Como diz a minha amiga Beatriz, a nossa liberdade acaba quando a do outro começa. 

Respeito é uma coisa fundamental, nunca pensei que veria as respostas e atitudes de certas pessoas em relação a escolha de um presidente, no caso, presidenta. Entendo a indignidade da maioria das pessoas diante o resultado, assim como a comemoração de outros. O que aconteceu foi um exemplo de democracia. E assim como a democracia foi um grande progresso na humanidade, conviver com ela e respeitá-la também é. 

Eu tenho 14 anos e eu não voto, mas tenho uma vontade enorme de fazer o que está ao meu alcance pra transformar o país em que eu vivo, assim como o meu colega com ideia contrária à minha também tem. 

Não briguem por causa de eleição, ninguém pensa igual. As pessoas que votaram no Aécio não tem necessariamente o mesmo pensamento, nem as que votaram na Dilma. Fico mais tranquila e orgulhosa em saber que a geração de hoje que vai votar na próxima eleição, vai ter a maior ética que vocês já viram. O Brasil é muito grande pra ser constituído por uma só ideia.